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O PRESIDENTE MILICIANO E O LIBERALISMO DOS INOCENTES ÚTEIS (O ÓDIO ORGANIZADO)
O PRESIDENTE MILICIANO E O LIBERALISMO DOS INOCENTES ÚTEIS (O ÓDIO ORGANIZADO)

LIBERALISMO = DOUTRINA política e econômica disciplinada em defesa das liberdades individuais constitucionais contra as ingerências, por vezes totalitárias do poder central coercitivo representado, principalmente pelo Executivo.

O PRESIDENTE BOZO NÃO se nega ao se apresentar um político negacionista em tudo por tudo e em favor de uma política de todos contra todos. Mas em favor de seus apoiadores de viés totalitário e milicianos, que podem ser definidos enquanto polícia informal representativa de outros grupos congêneres tipo os “blackshirts” da União Britânica de Fascistas, da Milícia Voluntária para a Segurança Nacional (grupo paramilitar na Itália fascista), dos SS do Partido Nazista alemão, assim como se espelham, os milicianos do RJ, nos 165 grupos de milícias americanas, braço armado do movimento patriota dos EUA.

A MILÍCIA DO BOZO NO RJ domina nada menos que 57% da cidade dita maravilhosa. E está a avançar em domínio territorial desde que o presidente miliciano fora eleito para ocupar o Palácio do Planalto com mais de três mil (3.000) militares das FFAA nomeados para serviços burocráticos no dito Palácio. Os militares das FFAA não necessariamente se prestam serviçais ideológicos do presidente. Com raras exceções.

FLÁVIO BOLSONARO condecorou Adriano da Nóbrega, segundo o presidente Jair Bolsonaro, a seu pedido. Quando fora condecorado herói, o miliciano atuava enquanto segurança de um famoso bicheiro no Rio de Janeiro. Ele era chefe de um grupo de contraventores, segundo depoimento, em 2008, do pecuarista Rogério Mesquita ... A mãe do miliciano Adriano e a ex-mulher dele trabalharam no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro.

EM ARQUIVO DE imagem da TV Câmara (27/10/2005), o então deputado Jair Bolsonaro defendeu em longo e enfático discurso o então chefe da milícia Adriano da Nóbrega. A milícia é poder político e militar alternativo. Não é possível que você, caro (e)leitor, ainda creia na frase de efeito que o presidente repetia em campanha: “Deus acima de tudo, o Brasil acima de todos”. Deus e o Brasil nada têm em comum com enganação de discurso eleitoreiro.

A VIOLÊNCIA AUMENTA exponencialmente em todo o país. O medo, não apenas de contaminação virótica, mas de ataques marginais nas ruas, avenidas e praças das cidades aumenta com a propagação do discurso fácil do presidente com objetivo de armar as pessoas, os civis, para que, supostamente, se defendam da impetuosidade selvagem de marginais que promoveram 62 mil 517 assassinatos em 2016. 171 homicídios por dia.

NO 1° SEMESTRE DE 2020 houve um assassinato a cada dez minutos. A luta por ampliação do poder de fogo e dominação das milícias contra milícias e contra a população civil, é uma metáfora da luta por ampliação de seus territórios por países em guerra para ampliação de suas fronteiras territoriais. Fora assim na Iª e na IIª guerras mundiais. O poder das milícias quer se ampliar. O país vive uma guerra civil não declarada, mas em franca afirmação.

O ESTADO POLICIAL miliciano age e reage dentro do Estado policial governista, administrativo, burocratizado. E quando uma liderança associada a ambos esses Estados está na principal função política e institucional do país, há, consequentemente, o perigo de ambas as forças (marginal e institucional) se unirem em prol de uma estratégia política e policial de dominação social totalitária.

O BRASIL DO PRESIDENTE Bozo está a ameaçar, por um sem número de motivações políticas e policiais “acima de qualquer suspeita”, a luta renhida contra a corrupção não apenas nas instituições jurídicas e policiais apoiadas por mais de 90% dos brasileiros que sofrem com a “vampirização” de recursos públicos.

RECURSOS PÚBLICOS sugados pelas presas de hienas e lobos bípedes, pelos membros morcegos do Legislativo e seus associados sanguessugas dos recursos públicos. A Lava Jato, combateu, julgou e aprisionou autoridades que até então viviam nababescamente na impunidade por seus crimes de corrupção no Legislativo.

AÍ RESIDE O PERIGO “Acima De Qualquer Suspeita”: nas autoridades que agem e reagem conforme seus interesses pessoais, ignorantes contumazes dos interesses da sociedade. A ameaça de supressão da Operação da Lava Jato, é uma garantia para que a impunidade volte a reinar, impávida e intrépida no Legislativo.    
DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 20/10/2020
Alterado em 24/10/2020


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